7. Prática Diária

Nó Celta

Em termos de prática diária, minha vida é centrada na total percepção da visão espiritual. Costumo dizer que estou constantemente conectada ao Outro Mundo, e quase tudo ao meu redor reflete essa sacralidade, desde as simples conversas com meus familiares até os momentos de concentração para estudar, escrever, meditar, fazer leituras oraculares ou mesmo trabalhar.

Diariamente, saúdo meus Deuses de devoção, coloco água fresca no altar principal e acendo um incenso. O café fresquinho, que recende todo seu aroma pela casa, desperta o sentimento de gratidão ao ser colocado em uma pequena xícara e ofertado aos ancestrais, num outro altar ao lado da cozinha.

O fogo que queima através da vela dentro de um dos meus três caldeirões, nos inspira ao caminho sagrado, mantendo acesa a chama do coração, iluminando a jornada com lucidez.

Agradeço às três famílias, aliados e afins, às quatro direções e faço uma breve meditação, em plena conexão aos Três Reinos. Mesmo com a correria do dia-a-dia, aprendi que pequenas ações/orações surtem efeitos maravilhosos para mantermos o equilíbrio físico, mental e espiritual; além de consultar os oráculos (Ogham) durante as fases lunares e fazer as devidas oferendas.

As oferendas podem ser feitas de três formas: libações (ofertadas na terra ou no fogo), votivas (ofertas de agradecimento a uma divindade) e sacrificiais (ofertar algo de valor), todas elas em Devoção, Visão e Proteção. Práticas diárias  que têm o poder de renovar nossa fé!

Práticas cotidianas? Visto desta maneira parece ser tudo tão fácil… Sim, simples e comum, como a vida deve ser, sem complicações.

Portanto, para que essa sintonia aconteça, precisamos estar conscientes do momento presente, ao percebermos que aquilo que vivenciamos diariamente nos liga diretamente aos seres brilhantes ou não.

Quando sinto a energia meio “pesada”, faço banhos de ervas e defumações de purificação ou Saining (palavra gaélica) para abençoar, proteger ou consagrar – são encantos que se destinam à proteção de um objetivo, lugar ou pessoa, a fim de afastar influências negativas, através do ato de aspergir água com ervas e defumações com zimbro ou incensos específicos.

As práticas podem ser diferentes, mas a mensagem é sempre a mesma: despertar a consciência e o comprometimento. Talvez, uma oração, poesia ou atividade oracular ajudem neste processo – como descreveu JP Bach na sua postagem – ou como aprendi no Ikebana (arte floral japonesa), no ato de reverenciar os Deuses com a oferta de uma flor no altar.

Enfim, essas são algumas sugestões de como fazer uma prática individual em honra às três famílias, que fazem parte do meu convívio. E como se diz na bênção pagã: “Na visão dos Deuses e não-deuses e em homenagem à imensa generosidade do Universo, agradeço a minha parte.”

Que assim seja… Bíodh sé!

Rowena A. Senėwėen ®
Pesquisadora da Cultura Celta e do Druidismo.
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"Três velas que iluminam a escuridão: Verdade,
Natureza e Conhecimento." Tríade irlandesa.

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